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segunda-feira, 18 de março de 2019

Em Silêncio - Leddy Harper

O que você faria se aos 8 anos de idade presenciasse a cena mais traumatizante da sua vida? O que faria, se todo o seu mundo virasse de cabeça para baixo numa idade tão tenra?
Quando Killian sente perder o chão sobre seus pés, ele perde também o controle da sua vida, passando apenas a existir, até que conhece Rylee. Do garotinho assustado e magoado sem amigos, ele passa a ser a mesma criança assustada e magoada, porém, agora ele tem Rylee.
Eles se tornam amigos com toda a pureza e ingenuidade de crianças.
Só que, Killian, desde o incidente não emite som, seus diálogos são sempre através de uma folha de papel e caneta e tem marcas no rosto, que o fazem acreditar assustar as pessoas ao seu redor. Ele externa seus sentimentos através de desenhos, um dom que pratica desde sempre. E por isso, tem aulas em casa, o que “dificulta” um pouco seus encontros com a menina que aos poucos vai ganhando sua confiança, descobrindo de forma gradativa, de acordo com o que ele está disposto a compartilhar com ela, sobre a sua vida e o que o levou até aquele momento.
“Gostava de ficar perto dela. Fazia com que as imagens em minha cabeça desaparecessem e acalmavam a ansiedade que eu sentia.”
O tempo vai passando, eles vão crescendo e descobrindo a vida juntos. O desejo carnal, a atração, o 1º beijo, o 1º amasso, o ciúme. Ela dá uma razão para ele sonhar com um futuro para o casal.
“Se eu pudesse, roubaria a lua do céu e a faria refém. E manteria Rylee comigo.”
O amadurecimento da Rylee é encantador. De uma menina, ela se torna uma jovem que sabe o que quer, que se mantém firme e tentar ser tudo aquilo que ele precisa. Mas apesar de todo o amor entre eles, Killian ainda continua sendo aquele menininho de anos atrás que perdeu tudo na sua vida e só quer entender o motivo.
E é aí que a história dá uma reviravolta fantástica.
“Estou preso neste buraco, nesse abismo infinito de lembranças. Preciso escapar dele.”
Aqui não teremos dois personagens que duvidam de seus sentimentos, mas teremos razões para acreditar que o que acontece é motivo suficiente para separa-los.
No entanto, quem é capaz de controlar nossas vidas, se não o destino?
Nesse momento, o quebra cabeças começa a se encaixar e tudo faz ainda mais sentido do que quando começou.
A história é narrada em 1ª pessoa, com o POV dos dois personagens. Muito embora, no início da leitura, eu ter achado os diálogos entre as duas crianças muito evoluídos para a idade que apresentavam, foi um livro que valeu a pena a leitura.
Logo nos primeiros capítulos, somos levados a conhecer os motivos que calaram o garotinho. E apesar do grande baque, só faz com que fiquemos ansiosos para descobrir os motivos e como vai terminar.
Eu sofri a cada página virada, me conectei com ambos e se pudesse, colocaria eles numa redoma de vidro, onde nada mais pudesse machuca-los.
A obra é recheada de surpresas, elementos marcantes e aborda temas como vingança, despreparo e traumas.
Se eu indico?! Com toda certeza.

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